quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Radioatividade


    A radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética, sua descoberta aconteceu em 1896, acidentalmente quando Becquerel descobriu a    radioatividade natural, ao observar que o sulfato duplo de potássio e uranila conseguia impressionar chapas fotográficas. Depois a cientista polonesa Marie Curie(1867-1934), a primeira mulher do mundo a ganhar um prêmio Nobel, descobriu e isolou os elementos químicos, o polônio e o rádio, junto com seu marido Pierre Curie. Esse fenômeno foi chamado pelo casal de radioatividade. Em seguida, Ernest Rutherford descobriu as radiações alfa e beta o que contribuiu para a explicação do seu modelo atômico e também para os avanços nos estudos dos compostos radioativos.
   As partículas emitidas por um elemento radioativo podem ser de três tipos: Alfa, beta e Gama.As partículas beta e gama são absorvidas pelo corpo e podem causar deformações em células, tecidos e órgãos no corpo humano, o que acarreta, por exemplo, em câncer. Já as partículas alfa causam queimaduras profundas quando entram em contato com a pele.
Bomba norte americana sobre Nagasaki, em agosto de 1945

   Depois que lançaram no fim da segunda guerra mundial, a primeira bomba nuclear, a radioatividade passou a ter importância, onde considerar a possibilidade de alterar o núcleo de um átomo despertou-se o interesse militar para o uso dessa ciência.
     A energia nuclear também é usada em usinas nucleares, que é vista como fonte de energia barata e limpa.(Será que é mesmo?).No mundo existem aproximadamente 440 usinas nucleares, duas dessas no Brasil em Angra (Angra 1, Angra 2 e  a Angra 3 que está em construção). Apesar do alto investimento em segurança nessas usinas, não descarta as possibilidades de grandes acidentes, como ocorreu em : Chernobyl (1986), onde morreram mais de 2,4 milhões de pessoas, atingindo o nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares(INES),o acidente do Césio – 137 (1987) em Goiânia morreram aproximadamente 60 pessoas e em Fukushima (2011) ao norte de Tóquio, depois de um terremoto atingir  três de seus seis reatores. Acidentes como esses, ocasionam desastres, tanto no ecossistema como nas pessoas.
Radiografia humana
   A radioatividade, também é usada na medicina, onde envolvem a radiologia, a radioterapia, e a medicina molecular. Na indústria alimentícia, fazendo com que alimentos demorem mais a estragar e podendo ficar armazenados por mais tempo,esterilização de diversos materiais devido seu poder de ataque a certos microrganismos,na arqueologia para técnicas de datação de fósseis e artefatos históricos e vários outros.
      A CNEN(Comissão Nacional de Energia Nuclear) um órgão especializado, a Gerência de Rejeito Radioativo (GRR), cujo objetivo é minimizar ou mesmo eliminar os efeitos danosos que possam ocorrer dos rejeitos radioativos, tanto no presente quanto no futuro.


Curiosidades

    Foram estudadas possibilidades de descartes dos lixos radioativos serem enviados ao espaço ou nos vulcões.
     Em março de 2011, por exemplo, um foguete relativamente simples para o lançamento do satélite  da NASA, avaliado em 424 milhões de dólares, caiu no oceano Pacífico. Outros se incendiaram na atmosfera.
Imaginem o que aconteceria se o foguete carregasse algumas centenas de kg de urânio? Se incendiasse nas alturas, poderia ficar suspenso durante meses na atmosfera, enchendo a Terra de lixo radiativo.
    Os vulcões que geram mais calor no mundo são os vulcões escudo, os que podemos encontrar por exemplo no Havaí. São vulcões relativamente planos e largos, cuja temperatura gerada pode chegar até os 1.316 ºC. No entanto, a temperatura necessária para fundir o zircônio onde armazenam o urânio é mais elevada: seu ponto de fusão é 1.855 ºC. Seriam necessárias várias dezenas de milhares de graus a mais só para desfazer o núcleo atômico do urânio para tornar nula sua radiatividade. Sem descartar as erupções que podem ocorrer!


REFERÊNCIAS:


SOUZA, Líria Alves. Radioatividade:Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/radioatividade.htm> Acesso em 10 de Agosto de 2016.

GUIMARÃES, Fredson.A descoberta da radioatividade - seus descobridores: Química Intrigante. Disponível em <http://quimicaintriganteedu.blogspot.com.br/2011/06/descoberta-da-radioatividade-seus.html> Acesso em 10 de Agosto de 2016.

PEDROLO, Caroline. Radioatividade: InfoEscola. Disponível em <http://www.infoescola.com/quimica/radioatividade/> Acesso em 10 de Agosto de 2016.

A história do surgimento da bomba atômica: Mundo Educação. Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/a-historia-surgimento-bomba-atomica.htm> Acesso em 10 de Agosto de 2016.
CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear. Disponível em <http://www.cnen.gov.br/> Acesso em 10 de Agosto de 2016. 
http://www.ndig.com.br/category/ciencia

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